Antecipar a jornada para a transformação digital é a nova realidade, devido ao isolamento social por conta do coronavírus (COVID-19). O maior acesso a informações confidenciais preocupa muitos especialistas, uma vez que estudos revelam que 40% das empresas brasileiras não possuem políticas de segurança digital.
O isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus (COVID-19) é a nova realidade.
Para dar continuidade aos serviços, um considerável número de empresas antecipou suas jornadas para o digital, adotando um sistema de trabalho remoto (teletrabalho ou home office) como forma de sobreviver à crise.
Pesquisas apontam que, no Brasil, 43% das empresas já adotaram o modelo de trabalho à distância por conta da quarentena. A tendência, no entanto, é que o número aumente ainda mais.
Diante deste cenário, mais do que nunca, torna-se fundamental que empresas invistam em soluções modernas e inovadoras de segurança digital, impedindo que informações confidenciais fiquem vulneráveis a ciberataques, que aumentam significativamente durante a pandemia.
Quase metade das empresas nacionais não adotam medidas de segurança digital
Apesar de muitas empresas brasileiras já terem iniciado sua jornada de transformação digital, muitas ainda não adotam medidas de cibersegurança.
Estudos de empresas globais de cibersegurança revelam que 40% das empresas nacionais não possuem uma política de segurança digital, sejam essas políticas já estabelecidas ou não.
De acordo com a pesquisa, apenas 45% das companhias brasileiras já estabeleceram medidas de segurança digital, enquanto 15%, apesar de já as terem, não obrigam os profissionais a cumpri-las.
Apesar de o estudo ter concluído que o Brasil é o segundo mais cauteloso da América Latina quanto a diretrizes internas obrigatórias de segurança da informação, perdendo apenas para a Colômbia, os dados mostraram que quase metade (49%) dos funcionários brasileiros acessam a rede corporativa de seus respectivos locais de trabalho tanto no computador da empresa quanto em seus dispositivos pessoais.
No estudo, especialistas concluem que acessar informações corporativas em dispositivos pessoais é um problema, uma vez que nem todos os funcionários (cerca de 12%) não possuem soluções de segurança digital para proteger seus dispositivos contra ameaças cibernéticas.
Criminosos digitais sabem que indivíduos estão mais vulneráveis e tendo maior acesso a redes corporativas a partir de dispositivos potencialmente desprotegidos. Isso aumenta o risco.
A falta de segurança em dispositivos pessoais deixa o Brasil em uma posição desfavorável: segundo pesquisas, o país lidera o ranking de países latino-americanos com trabalhadores sem proteção no celular, tornando dispositivos e negócios vulneráveis a ataques.
Segundo profissionais da área, o dado pode ser explicado devido ao fato de o Brasil ser um dos países com maior presença nas redes sociais.
Empresas devem redobrar atenção com cibersegurança
Com o aumento do número de empresas migrando para o digital, a preocupação com ataques digitais também aumenta.
Estudos de uma empresa de cibersegurança norte-americana indicaram que durante a pandemia, 40% das empresas brasileiras já detectaram aumento de ataque digitais em suas estruturas.
Demais pesquisas comprovam que um em cada dez funcionários latino-americanos tende a aceitar ou clicar em um link suspeito, utilizando um dispositivo de sua empresa, caso lhe ofereçam uma boa quantia em dinheiro.
Além disso, um em cada cinco funcionários brasileiros avaliaria conectar o dispositivo de sua empresa a uma rede desconhecida para ter melhor conexão.
Diante deste cenário, é essencial que empresas invistam em soluções de segurança digital. Isso será útil mesmo após a pandemia do coronavírus, já que a cibersegurança é um dos fatores cruciais para garantir a continuidade dos negócios de todas as organizações.
A adoção de medidas de segurança digital, no entanto, deve ser adotada principalmente por empresas que lidam diariamente com uma grande quantidade de informações, como as empresas de call center, considerado serviço essencial ao atendimento da população brasileira durante a quarentena em prevenção à COVID-19.
Crises são oportunidades de aprendizagem. É hora de tomar medidas sérias e de difundir informação sobre segurança digital. Empresas terão que estruturar novos arranjos técnicos, internos e tecnológicos para atravessar esse problema.
É essencial que empresas forneçam os conhecimentos básicos sobre a utilização de plataformas de segurança digital para seus funcionários.
Esses conhecimentos devem ser repassados através de treinamentos; orientando equipes a desconfiarem de links suspeitos e softwares desconhecidos; e ensinando funcionários a criarem o hábito de fazer backup de dados e armazená-los nuvem, para que fiquem seguros.