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Ainda é um hábito comum a utilização de softwares ilegais em empresas privadas. De modo geral, a maioria das pessoas só sentem incomodo de se apropriar de materiais de terceiros se eles forem físicos.

Segundo pesquisa da BSA, organização criada para representar fabricantes de software, 46% dos softwares utilizados no Brasil não são devidamente licenciados, concentrando um valor de R$ 1,7 bilhão em programas ilegais.

Apesar da utilização do software “pirata” ser crime, existem outros pontos em seu uso que tornam a prática uma ameaça para as empresas.

Um software ilegal tem seu código alterado para ignorar tentativas de verificação de autenticidade da ferramenta, essas modificações realizadas podem reduzir a performance do software ocasionando instabilidade e queda de produtividade nas equipes.

Além disso, por não receber as atualizações não há correção dos bugs que o sistema pode vir a apresentar e, consequentemente, não há suporte necessário para realização dos updates e correções necessárias.

Outra ameaça muito comum é a possibilidade de infecção por malwares já que, durante o processo de modificação do código, muitas pessoas utilizam crackers e não há garantia de que esses decodificadores não estejam programados para dar acesso à recursos administrativos da sua máquina.

O mesmo estudo da BSA constatou que o custo para lidar com os malwares associados a softwares não licenciados ultrapassa os US$ 10 mil por máquina para a empresa, chegando a quase US$ 359 bilhões por ano somando as empresas de todo o mundo.

A busca e instalação de softwares ilegais também pode resultar em phishing, mensagens e páginas que simulam conteúdos reais para induzir a instalação de softwares maliciosos, inserir informações privadas em sites falsos e captura e roubo de dados pessoais.

Por fim, os problemas jurídicos que a companhia pode enfrentar ao se apropriar de propriedade intelectual levam a multas altíssimas e restrição no CNPJ.

“Softwares originais são programados para não coletar informações sem aviso prévio do usuário, tem desenvolvedores trabalhando constantemente para melhorar o desempenho dos produtos, mantém sua equipe produtiva e sua empresa livre de preocupações legais, além de garantir segurança de dados e gestão completa” – explica Mariano Mattos, especialista em licenciamento de software da AX4B, consultoria de tecnologia com especialização em licenciamento Microsoft.

Para se livrar de softwares ilegais e não ter problemas com auditoria, procure um parceiro certificado e entenda quais versões do programa se adequam às suas necessidades e avalie as opções de contrato disponíveis.

“Falando em Microsoft, mas que pode ser aplicado em diversos outros fabricantes, existem modelos de contratos de software específicos para cada tipo e porte de empresa. É importante alinhar as necessidades de negócio com o melhor modelo de licenciamento. Além de controlar os custos, esses modelos diferenciados também podem oferecer mais produtividade e tecnologia para as empresas”, finaliza o especialista.

Em resumo, softwares “piratas” são um grande risco para a integridade das empresas. Tratar os softwares como ativos é uma responsabilidade dos executivos, que precisam manter e gerenciar essas tecnologias para aproveitar o potencial de negócios e garantir que colaboradores não exponham dados ou coloquem a integridade da empresa em risco com a utilização de softwares ilegais.

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