Os investimentos de capital de risco em empresas nascentes brasileiras está em acelerada expansão, crescendo a uma taxa média de 35% ao ano.
O dado foi apresentado na quarta-feira (01/12), durante a divulgação do 2° Censo  Brasileiro da indústria de Private Equity e Venture Capital pelo GVCepe, centro de estudos de capital de risco da FGV-EAESP (Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas).
De acordo com o censo, que ouviu 144 dos 180 fundos ativos no País, a indústria contava com um volume de 36,1 bilhões de dólares de capital comprometido em dezembro de 2009, crescimento expressivo sobre o volume de 8 bilhões de dólares registrado em 2005.  Deste total, 18,2 bilhões de dólares já estão aplicados e outros 17,8 bilhões de dólares ainda devem ser investidos em empresas brasileiras.
O estudo aponta ainda que desde 2005 foram mapeados 414 novos investimentos em empresas brasileiras. O volume de recursos levantados ficou em 6,1 bilhões de dólares em 2009 e os investimentos realizados no ano chegaram a 3,1 bilhões de dólares. Dos 95 investimentos mapeados em 2009, 41% foram em private equity, 31% venture capital e 15% capital semente e startups – o restante ficou distribuído em segmentos menores.
Os segmentos com maio número de investimentos em 2009 foram os de tecnologia da informação e eletrônica (15%), energia e óleo (15%) e farmacêutica e médica (11%) e agronegócio (8%), seguidos por outras áreas com participações menores.
“Este mercado chega à sua adolescência no Brasil”, destaca o professor e diretor executivo do GVCepe, Cláudio Furtado. “Falta agora os investidores estrangeiros descobrirem as oportunidades de negócios que temos aqui”, diz.
Startups em alta
Um dos destaques do estudo é o crescimento dos investimentos em empresas em estágio inicial de desenvolvimento. Segundo Furtado, os investimentos na área crescem à taxa de 35% ao ano.
Dentro do universo das 502 empresas brasileiras investidas pelos fundos atualmente, mais de 41% são empreendimentos em estágio inicial (20,9% receberam venture capital early stage, 13,1% capital startup e 7,6% capital semente).
“O fenômeno que criou empresas como a Microsoft e o Google começa a chegar aqui”, diz Furtado. Para que a tendência se consolide, é preciso que os fundos aumentem sua presença junto aos parques tecnológicos e incubadoras, pólos onde se concentra a inovação, segundo o professor.
O investimento médio nas startups  brasileiras é de 420 mil dólares, enquanto o investimento médio por empresas dos fundos de venture capital fica em, 4,41 milhões de dólares. A média para os fundos de private equity é 73,41 milhões de dólares investidos por empresa.
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