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Em um mundo onde a tecnologia está em tudo, os profissionais responsáveis por garantir o bom funcionamento destas soluções ocupam lugar de destaque dentro das organizações e startups. Os desenvolvedores são os encarregados de transformar ideias em realidade, melhorando a vida das pessoas e facilitando processos. Para garantir que este objetivo seja atingido, é necessário que haja uma aproximação maior entre ambas as partes, de forma que possam sair ganhando em conhecimento e inovação.
Dados da pesquisa do Stack Overflow, um dos maiores fóruns de desenvolvedores do mundo, revelam uma distância entre os objetivos pretendidos pelos empresários e a qualidade do serviço prestado pelos desenvolvedores. Apesar do alto grau de complexidade dos recursos tecnológicos em todo o mundo, um quarto dos profissionais admitem que não possuem curso superior na área e 81% do total admitem que encaram o desenvolvimento e a programação como um hobby. Além disso, um quarto dos colaboradores participa de hackathons, principalmente porque considera divertido.
Encontrar desenvolvedores qualificados nas mais diferentes áreas é um dos principais desafios que as empresas enfrentam atualmente. Grande parte das startups e empresas que trabalham diretamente com tecnologia lidam com altíssima complexidade. Assim, encontrar pessoas que consigam dar conta desta demanda é algo extremamente difícil. No Brasil, os melhores profissionais costumam atuar individualmente ou, como é cada vez mais comum, no exterior – a busca e escassez das melhores pessoas não se limita apenas ao Brasil
Essa alta demanda por desenvolvedores, deixam os salários mais altos e a competitividade entre as empresas cada vez maior. Com talentos escassos e sendo disputados por muitas empresas, os desenvolvedores buscam por diferenciações que vão além dos benefícios financeiros procurando lugares onde a cultura e a missão da empresa estejam alinhados com seus valores. É nesse ponto em que as startups se destacam e mesmo com menos dinheiro que as grandes corporações conseguem atrair talentos.
O desafio é atrair esses profissionais, mostrar o que a empresa está tentando resolver para gerar engajamento com a proposta e conhecer um pouco da cultura e do trabalho. Uma das alternativas é patrocinar – e participar – de eventos e feiras destinadas aos desenvolvedores. Ainda que os melhores especialistas na área normalmente não estejam presentes, é uma forma de começar um relacionamento com a comunidade e de identificar possíveis talentos que possam contribuir para o crescimento da companhia no futuro – além, é claro, da possibilidade de fazer networking e descobrir novos conceitos e tendências para aplicar em seu dia a dia.
Hoje, a margem de erro de uma empresa que trabalha com tecnologia é cada vez menor. Qualquer solução instável ou que apresente falhas ao consumidor será trocada pela concorrência rapidamente – e dificilmente conseguirá recuperar o terreno perdido. Em algumas áreas, essa questão é ainda mais primordial. Fintechs, por exemplo, sequer tem espaço para erro. Um desenvolvimento errado de um recurso pode acarretar em prejuízo financeiro para todos os usuários. Por isso, a necessidade de encontrar e formar bons profissionais no mercado de trabalho.
Enquanto algumas profissões deixaram de existir, outras cresceram e se consolidaram com a evolução tecnológica das últimas décadas. É impensável imaginar a nossa vida sem alguns produtos ou serviços criados a partir de desenvolvedores. Mas para que esse crescimento seja contínuo e novas soluções e produtos estejam a nossa disposição, é necessário aproximar esses profissionais das empresas que idealizam essas soluções.
*Victor Dubugras é Head de Marketing da Hash, fintech especializada em infraestrutura de pagamentos – www.hash.com.br

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