O Brasil, segundo a maior escola de empreendedorismo do mundo, a Babson College, é um dos países mais empreendedores do planeta. Somado ao fato de que o povo brasileiro é o que mais navega na internet e também é o que melhor se adapta a inovações no mundo, acelera no país um novo conceito de empreender que promete mudar o rumo de grande parte das empresas brasileiras, o empreendedorismo digital.
Como uma das principais dificuldades para o desabrochar do empreendedorismo digital, os baixos índices de capilaridade da internet no Brasil vêm sendo gradualmente combatidos por esforços da iniciativa privada e por campanhas de inclusão digital do governo federal. A venda de computadores em 2010 deverá ser recorde. O reflexo disso na sociedade é a formação de um enorme bolsão de usuários que vão começar a usar a internet diariamente, seja ela discada ou não, e que, em pouco tempo, estarão comprando on-line.
De acordo com o consultor web e autor do livro Google Marketing, Conrado Adolpho, a internet possibilita que qualquer um tenha sua empresa digital por um custo relativamente baixo, tanto de recursos humanos e manutenção quanto de logística ou marketing. “Todas as funções básicas de uma empresa podem ser resolvidas com soluções muito simples e de forma bem em conta. Basta conhecer as possibilidades que a rede oferece”, explica o consultor.
A manutenção de uma empresa virtual pode significar menos de R$ 90 mensais para manter um site de comércio eletrônico. Quanto ao marketing, o maior e mais importante site de buscas do mundo, o Google, oferece serviços de links patrocinados que já provaram em muitos casos ser muito mais vantajosos do que a milionária publicidade tradicional, uma vez que o anunciante só paga quando há um clique em seu anúncio e os valores são a partir de R$ 0,02. “Apesar de não parecer difícil nem caro, o que falta ao brasileiro para ser um dos povos com maior índice de empreendedorismo digital é informação. O que o Sebrae faz pelos empreendedores de “bricks”, empresas feitas de tijolo e cimento, deveria ser feito também pelos empreendedores dos “cliques”, ou seja, das empresas virtuais”, afirma Conrado.
Diversas empresas brasileiras já se adaptaram a estratégias de marketing digital que, além de financeiramente mais viáveis, garantem resultados qualificados, uma vez que levam o produto ao consumidor no momento em que ele está buscando, ou seja, no momento em que ele está realmente interessado. “E não são apenas os links patrocinados ou a otimização de sites que garantem esse resultado. O marketing digital é muito vasto e vem crescendo consideravelmente nos últimos anos. A opinião de um blogueiro, por exemplo, com relação a determinado produto, conta muito mais do que um banner em um site. As pessoas confiam mais nas informações passadas por outras pessoas comuns, também consumidoras, do que em uma propaganda paga“, garante.  São exemplos disso as Americanas.com, a Fnac, a B2W e o Magazine Luiza, que atualmente tem cerca de 12% de seu faturamento vindo da internet e chega a dar descontos de até R$ 400 em alguns produtos por meio do site.
O papel do empreendedorismo em um país é crucial para girar a economia dele. No mundo off-line parece que a concorrência não está ajudando em nada os novos negócios a surgirem e prosperar. No mundo on-line, existe uma infinidade de novas oportunidades ainda não exploradas devidamente.
Adaptação. Link para a matéria original

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